domingo, 21 de fevereiro de 2010

Albergue

Encontrei um Albergue na Farani, praia do botafogo e fronteira com flamengo.

http://www.brothershostel.com.br/index_intro.php?lg=pt

Ali eu passaria minhas duas últimas noites de 2 meses, praticamente, procurando um lugar para receber minha rainha e minha princesa.

Ali foram 2 noites e 1 dia e meio.

cheguei no albergue depois do trabalho.

Arrumei minhas coisas lá na Camila e fui direto para o albergue.

Chegando na rua farani, percebi que é um lugar bohêmio, bares na frente do lugar e muita cerveja rolando.

Chegando lá, vi um construção antiga com um bar em baixo. Tinha uma galera tomando cerveja e tive que me desviar de pessoas para entrar lá.

O rapaz que me atendeu era uma dessas pessoas tomando uma cerveja.
Fiz meu cadastro e até a carteirinha de albergue para conseguir mais descontos.

Cheguei em uma quinta feira e pedi para ficar até sábado meio dia.

O pagamento do cartão foi feito no bar que fica no térreo e, logo, fui para cima ver o meu quarto.

Escada estreitinha e dois andares. Logo entro dentro do meu quarto e já vejo 3 beliches e armários distintos distribuido no espaço.

Deixei minhas coisas lá e fui tomar uma cerveja para relaxar.

fui em dos bares lá na frente e fiquei observando e tomando um cerveja e comendo alguma coisa.

Confesso que ali me bateu uma solidão terrível.

Um sentimento de cansaço e com forças esgotadas... tava foda e vibrei muito positivamente para conseguir ser aprovado por D. Ilma e alugar o apartamento.

Quando volto para o quarto, logo chega mais um companheiro.

De minas gerais, chegou com uma simpatia só e, por incrível que pareça, se comoveu com minha história. Ele tava no Rio para estudos relacionados ao mestrado ou algo do tipo.

Pessoa simpatica e sempre com uma boa conversa sobre a vida.

A primeira noite lá foi estranha, mas logo consegui dormir para aguardar o que estava por vir...

E agora, José?

Nas minhas buscas por imóveis, lembro de ter contactado uma senhora sobre aluguel e, ali havia me dito que teria um apartamento vago, na tijuca, no final do mês... era praticamente final do mês e resolvi esperar mais um pouco.


Foi ai que estalei o cerebelo e liga para a tal senhora.

- Oi, você falou que o apartamento ficaria vago no final do mês

- Aah você ligou! Garoto esperto, hein?

- Pois é, gostaria de visitar o apartamento, quando posso?

- Olha, você pode visitar daqui há 2 dias

Em 3 dias, teria que sair da casa de Milena.

Fui lá visitar e conheci D. Ilma

A princípio uma senhora receptiva e doida para alugar seus imóveis.
Sim, ela tem vários e sai alugando por aí. Vive disso.

Chegando no apartamento, vi que ele era todo mobiliado com vaga na garagem.

Chega! Preciso arrumar um lugar logo e, por causa disso, pedi para fechar contrato.

No outro dia, tinha que sair da casa da Milena e ainda tinha que esperar a D.Ilma fazer uma limpeza no apartamento e avaliar meu documentos...

Ou seja, não sabia para onde ir... fiquei meio que sem rumo e com uma sensação de não querer incomodar alguém novamente... pensei em algumas pessoas, mas me incomodou só o fato de ligar e pedir para ficar hospedado de novo...

Fiz isso com a Paula, mas realmente aquele não era o momento, pois o trabalho dela e de Mateus estava exigindo cada vez mais e ela disse que, dessa vez, ficaria complicado.

O jeito foi ir para um Albergue.

Saindo do Humaitá...

Pois é,

Depois de várias pessoas e conversas no Humaitá, era a hora de sair de lá...

Lembro do show da Nação Zumbi na fundição progressos onde a galera simplesmente delirou!

Fomos todos para lá, mas antes fizemos um esquenta na casa do Elias, chef de cozinha, amigo da galera e do Zé Pereira.

Ele mora na lapa em um apartamento maravilhoso. De ma janela dá para ver os arcos da lapa e da outra, o relógio da central do brasil.

Esquenta bom, mas era hora de ir pro show!

Fundição progresso é demais. Tinha ido lá em um show do lenine em 2009. Foi bom circular por lá, pular, ir na área de cima que tem uma visão fantástica, enfim... nação arrebentou mais uma vez e o público estava enlouquecido...

Mas era isso, depois de acordar todo dia olhando pro cristo era hora de ir...

Na casa da Milena

Na casa da Milena tudo acaba em samba e festa.

Toda hora tem gente entrando e deixando o clima cada vez mais agradável.


São muitos amigos fiéis, parceiros e também cheios de histórias. Desde advogados até estudantes, todo mundo se encontra e ficam em uma harmonia incrível!

Em uma dessas noites foi quando eu conheci o Ceará. Esse cara foi bastante comentando desde então muito bem falado pelo Zé Pereira.

Realmente o cara é uma figura. Gente boníssima e toca um violão muito bom.

Então, voltando do trabalho, cheguei no andar de cima e estavam lá Milena, Bruce Lipe, Marina e o Ceará tocando um violãozinho esperto e tomando una cervejita.

FOi muito bacana. Peguei uma outro violão de destro mesmo e fui acompanhando a rapaziada. Rolou um entrosamento musical muito bacana e a noite ficou mais animada ainda.

Ri muito com as piadas e o jeito do ceará e nos entendemos muito bem.

Estendemos um pouco a madrugada e, logo, era hora de dormir. No outro dia o trabalho continuava...

Humaitá

Este é um dos lugares da zona sul do rio onde eu moraria sem dúvida nenhuma.

Cortado pela larga São Clemente, o Humaitá guarda uma arquitetura linda, como a mansão que abriga a fundação Rui Barbosa, subida para o morro D. Marta e localizado no suvaco do cristo.

A casa da milena é daquelas casas de vila, antigas, mas cheia de espaço e arquitetura bem interessante.

é uma casa com 2 andares e térreo. No última andar é onde tem um quartinho que eu dormi, a churrasqueira, piscina, e uma vista privilegiada para o cristo.

A cadelona grande que tem na casa é muito simpática e adorava dormir dentro do meu quarto.

Agradeci muito a Milena e a nossas conversas foram excelentes para a construção de uma nova amizade.

Claro que para tudo tem um prazo, e eu sabia exatamente a data e hora que deveria sair da casa.

Lá estavam somente Milena e suas duas simpáticas irmãs.

Muita gente entrou lá e só alegrias!

Voltando pro Rio

Chegando na rodoviária, fui direto para o trabalho.

Tomei um ônibus e desci na Rio Branco, perto da 7 de setembro, e fui caminhando para a rua da assembléia.

Já cheguei com o pique de trabalho grande e intenso. Coisa boa.

Voltei para o apê de Camila e seu primo e, os dois, sinceros e gentis me deram um prazo para tentar achar outro lugar, pois iriam receber visitas em breve.

- Tranquilo, vou ligar para a minha amiga do Humaitá e ver o que rola.

Liguei para a Milena e, por sorte ou destino sei lá, a mesma concordou em eu ficar lá por uma semana e meia, quase, pois a mãe e o padrasto estavam viajando e assim ficaria mais fácil.

Foi demais! Camila e o primo dela ficaram bem felizes também com a agilidade de encontrar outro lugar assim, rápido.

No outro dia me despedi dos dois e, novamente, de mala e cuia fui explorar outros ares do Rio de janeiro.

Clube da Luta - 3 anos

Eita!

É dia de matar saudades da Tai e da minha filha.

Lembro o dia que, conversando com Tai, ela chegou e me disse

- E se fosse Catarina?

- Como?

- Se não fosse Maria Luiza, e sim Catarina?

- É isso! Lindo!

Meu deus, mais providencial impossível. Esse nome foi paixão imediata. Agora ninguém mais mudava a idéia da minha

cabeça.

Foi delícia demais chegar em Floripa e encontrar minha família e a Tai. Muitos, muitos, muitos beijos e sem

desgrude nenhum.

Um colou no outro.

Vim especialmente para matar saudades de Tai e Catarina, mas aproveitei esse dia para matar outra saudade também,

tocar com a SSC.

Era a festa e morte do Clube da Luta. Essa movimentação precisava dar um tempo, precisava parar um pouquinho e

refletir.

Foi maravilhoso reencontrar amigos e conhecidos que, com muita simpatia, vinham me perguntar como estavam as coisas

e a luta.

Chegando a hora de tocar. Foi muito foda. A SSC foi a última a tocar e, mesmo assim, ainda ficaram várias pessoas

para assistir.

Foi uma apresentação totalmente frenética, eletrizante, emocionante e tudo mais. Invasão dos músicos no palco no

fim do show e muito improviso...

Gastei boa parte do que eu estava sentindo falta. Deu um gás para voltar pro Rio e correr mais atrás ainda.

Chega a hora, domingo vou para Jaraguá do Sul, ficar com a família da Tai. Depois de lá, eles me levam até a

rodoviária onde iria tomar meu ônibus de volta.

Mais uma viagem longa de ônibus e muito boa para pensar e depois, agir!

Até que essa viagem passou rápida, pois dormi praticamente todo o trajeto! :)

Ainda Flamenguiando e batucando no Humaitá

A Milena me convidou para ir na casa dela algumas vezes, mas teve um dia que eu fui lá e foi uma verdadeira festa.

Chegando lá, a galera já estava freneticamente tocando violão e fazendo uma festa maravilhosa.

Era impressionante. A cada momento chegava mais gente e todo mundo celebrava junto cada chegada. Estilo família grande a la "Casamento Grego".

Bonito demais. Lá conheci alguns figuras como Felipe, ou Bruce Lipe, hehehe.

Foi tocando violão e batucando a noite inteira que rolou muita coisa boa.

Carioca, pelo menos essa galera, tem um jeito particular de celebrar festas. É todo mundo abraçado e com uma parceria incrível de anos a fio.

A festa varou madrugada a dentro até que eu, muito louco já, tive que ir pois estava quase dormindo.

Foi uma noite fantástci

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Dias de Flamengo

A Ca mora em um prédio que tem comércio no térreo.

É um apartamento bacana e aconchegante. O sofá-cama da sala foi meu companheiro.

O primo de Camila foi muito gentil em concordar com a minha estadia, afinal sou amigo dela e ele ficou numa boa.

Lá fiquei quase que duas semanas.

Fomos muito na Lapa com um bom bate papo e muita cerveja. Pessoas conhecidas de Camila e botecos no centro e muita, mas muita conversa mesmo.

Uma vez Marcelo foi lá me visitar e me raptou da casa de Camila, várias voltas e a sempre companheira cervejita. (a barriga de hoje é uma conseqüência)

Sempre na ativa com causas sociais, Camila é uma moça muita inteligente e boa de papo. Filmes, cigarros e livros e sempre um excelente papo.

Nesse momento que fiquei no flamengo, pude conhecer melhor a Milena, amiga do Zé Pereira, que acabou virando uma grande amiga também.

Ela me ligou um dia desses e me convidou para irmos tomar umas lá na Cobal do Humaitá.

Adorei a idéia e fui lá.

Desci no largo dos leões, no huimatá, e alguns minutos depois encontro com Milena no lugar combinado.

Chegando na Cobal, era uma mesa só com mulheres, já todas bem "alegrinhas" e muita risada.

Adorei.

Cheguei lá e fui muito bem recepcionado por todas. Foi demais.
Até onde eu lembro estavam:

Paula
Milena
Gabi
Mariana
Nêga
Lara

Foi demais. A Nêga é uma figura, conhece a Stellinha (amiga de maracatu floripa) e conhece muito bem o Zé Pereira.

Estava me sentindo em casa.

Depois de várias na Cobal, fomos para a cobertura onde a Lara morava no Jardim Botânico e lá, a Gabi preparou um prato com filé mignon divino!

Muita risada, birita e afins e comemoração por uma delas, a Paula, estar voltando da França depois de alguns anos.

Todas inteligentes que trabalham com produção cultural, cinema, literatura e vida!

Uma vez, quase perto do fim da minha estadia lá, fui para floripa na festa de aniversário do clube da luta. Já estava sentindo que estava na hora de começar a procurar outro lugar....

É hora de Flamengo

Caramba,

Luta interminável por apartamento não para!

Chega o dia de sair de ipanema e ligar para a amiga Camila.

Camila é velha de guerra de floripa e veio batalhar aqui no Rio também. Foi uma das primeiras a me comunicar (lembram do salgueiro?) e sempre se mostrou a disposição para me receber em casa caso precisasse.

Pois bem, esse dia chegou.

Precisava mesmo e mais uma vez tive a graça de receber um sim.

Tô ficando mal acostumado com tanta receptividade e afeto.... hehehe

Camila mora com seu primo no flamengo, ali meio que no coração desse bairro.

Mais um lugar a ser explorado e admirado pela diversidade urbana do Rio.

Mais gente conhecida e querida!

Ainda em ipanema, consegui o contato de uma grande amiga dos amigos de floripa: Mitzi.

Uma pessoa fantástica e muito receptiva. Ela me ligou para irmos ao um show da preta gil: Noite Preta.

O lugar era lá no Cais do porto, na boa The Week. Lugar de bafão, se é que me entendem. hehehe

Antes fizemos um esquenta ali em ipanema mesmo. Ficamos tomando muitas cervejas com os pais e amigos delas.

Fui muito bem recebido com bastante risadas e conversas sobre a vida e a arte das coisas.

É engraçado... sabe quando você não conhece a pessoa, mas de primeira rola uma química muito boa na conversa, sem maldade, e sim com uma boa afinidade.

Mitzi é muita amiga de Marcinho (tijuquera).

- Vamos ligar pra ele?

- Claro!

- Marciinhhooo! Tamo aqui bebendo umas e só tá voltando você! fala com ele, jaguarito

- Dai, mo pombo!

- Dai, coisa max kirida!!

Saudades do "manezês" da ilha! hehehe

Conhecidos, conversados é hora de ir pra balada!

COnseguimos convites para entrar no camarote e rir muito!

Foi demais, falem mal da preta gil, mas que ela é uma agitadora cultural, isso ninguém pode negar!

Tocou até a música da Beyoncé Brasileira: Stephany Absoluta! Um luxo só!

Noite lotada e me esquivando para não ser agarrado por outrOs....

Momento curioso foi no camarim, já bem "grog" vejo um rosto parecido... tentei me lembrar daquele rosto... me parecia ser da televisão... sei lá... foi quando alguém falou

- É a Bianca do BBB..

- Ah é...? uau... "super emocionante..."

Incrível como alguma dessas pessoas ainda fica na lembrança de alguns e são constantemente assediadas...

Enfim... todos bêbados e dançando.

Quando me dei por mim, estava perdido, bêbado no meio de uma boate com um monte de homem olhando. Procurei por Mitzi e apenas encontrei alguns amigos dela que conheci no esquenta. Também estavam perdidos e vimos que era hora de ir embora.

Noite muito boa e pessoas bacanas. Tô adorando tudo isso.

p.s: Lembrei de Tai a noite toda.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

É menina

Quando estava indo morar em Ipanema, foi a época em que descobrimos que era um menina.

A Tai me ligou no trabalho e, ao me contar, várias lágrimas caíram.

A galera olhava para mim:

- O que foi, cara?

- É menina!!

Tio Dedé

Se for para escrever sobre esse cara, demoraria anos.

Minha família chama ele de Tio, pois é quase um irmão para o meu pai.

São conhecidos de 40 anos de muita história e parceria.

Contactei o Tio dedé para ver se ele poderia ser o meu fiador para alugar a cobertura citada anteriormente.

Me encontrei com ele e sua esposa Lilian na casa da sogra dele, no Flamengo.

Um apartamento antigo grande e bonito.

Lá, matamos as saudades e conversamos muito sobre a vida e a minha fase. Mesmo com problemas de saúde, Tio Dedé se dispôs integralmente a estar comigo nessa luta por apartamento e disse que estará comigo até o fim.

Mais uma lágrima corre.

Quem diria que eu iria ter a sensação de ter uma parte da família no Rio de Janeiro? Não tem preço.

Tio Dedé foi um dos caras que, junto com meu pai e minha mãe, ajudaram a criar os 4 irmãos sapecas.

Trabalhou com meu pai e um lavou a mão do outro nos momentos mais difíceis.

Dedé foi da época da bohemia, tocava o seu violão, mas a saúde foi ficando afetada e acabou se preservando mais.

Guerreiro da vida.

Salgueiro

Ainda em Ipanema, entrei em contato com a minha amiga Camila, de Floripa, que está morando no rio há um tempo.

- Jaguarito! Bora pro salgueiro?

- Mas é claaaroo!

Nos encontramos na Saens Peña e de lá pegamos um taxi para a quadra da Escola.

Chegando lá, uma entrada estilo clube e ao entrar.. nos deparamos com uma beleza de estrutura.

Era época de escolha dos samba que tinham como enredo: História sem fim.

"Uma históoóória de amooorrr! Sem ponto finaallll (salgueiro salgueiro)..." Esse samba ficou na cabeça depois de termos ouvido uns 10! hehehe

Foi samba no pé a noite toda e uma admiração tremenda da bateria.

começou com um mestre e depois veio o oficial. A diferença do som de um para o outro era nítida.

A tranquilidade e segurança dos batuqueiros era demais. Nunca vi um naipe de chocalhos tão harmonioso.

Tinha dois surdos de terceira que falavam horrores.

A bateria fica em um mesanino preparado de frente para o palco com uma estrutura de peso.

Não vasa som nenhum.

Deu saudades do união da ilha da magia.

Quase 5 da matina e voltamos para as casas.

Camila foi junto com um amigo gringo e o primo dela foi para o Flamengo, onde moram.

Vou lá de novo... com certeza.

Ipanema

Acabou a minha estadia em Copa...

Depois de um mês de muita luta, correria frenética para conseguir apartamento e adaptação ao rio e ao novo trabalho.

A cabeça está a mil por hora...

Pra onde vou?

Nessas horas, ligamos para os amigos e ai que vemos eles mais amigos do que nunca.

Ligo para Paula

- Jaguaritzennn! Querido! Como você tá? Arrumou um lugar? Tá precisando de ajuda?

- Ai, Paulita... nem sei como dizer... mas será que posso passar uns dias ai? Não consegui arrumar apartamento e coisa tá difícil?

- Claro que sim! Só deixa eu falar com Mateus, pois divido com ele e logo te ligo.

Alguns minutos se passam e toca o telefone...

- Vem pra cá, menino! Estamos de braços abertos para te receber.

Juro que nessa hora uma lágrima caiu. Pode parecer piegas, coisa boba, mas foi tão generoso e lindo que a lágrima foi inevitável...

Eita época para se gastar lágrimas, viu?

- Tu pode ficar aqui até o dia 9, pois vou receber uma amiga depois. Pode ser?

- Já é!

Depois do trabalho, chego com mala e cuia no apartamento dos dois e sou recebido com muito amor e afeto.

Uma segurança imensa pelo fato de estar do lado de pessoas bonitas e boas.

Mesmo em época de muito trabalho, principalmente para ele, a minha presença, em nenhum momento perturbou a vida e a privacidade do casal.

Lá eu conheci de perto o Wii! Mateus é viciado nesse treco e tem Guitarrinha e tudo na parada!

Delírio sensual, arco-íris de prazer. :)

Muita conversa. Afinações de violão para a Paula, confraternização com amigos no Leblon, Feijoada e Feirinha da Lapa, pensando projetos musicais, risadas, praia vinhos e afins e mais risada.

Foram quase 10 dias de muito entendimento e força para achar um lugar para morar...

Infelizmente não tinha conseguido a cobertura na Afonso Pena... fiquei em segundo lugar na lista...

E estava chegando o dia de sair de Ipanema...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tostoi e Iriê

Logo no final da minha estadia em Copa, falo com o meu amigo Daniel da Luz (Iriê) pelo msn e o mesmo me diz que Cleo e Serginho estão vindo para o Rio mixar o cd com o Jr. Tostoi (Lenine e Vulgue Tostoi)

Me convidou para ir lá e ficar antenado assim que a rapaziada chegar.

Mando um recado no iogurte do Cleo e o mesmo me da a letra de onde era o estúdio.

Por feliz coincidência, era do lado do meu apartamento, lá na Barata Ribeiro em frente a estação do metrô.

Me arrumei e fui correndo para lá.

Logo descubro o prédio do local e fico admirando um montande de cadeiras com senhores de cerveja na mão e cigarro na boca, de frente para uma televisão berrando para um monte de cavalos que corriam dentro de uma televisão.

Apostadores viciados.

Logo, descubro a porta do estúdio e, quando entro, nem parecia que eu estava em um prédio e sim numa casa-estúdio gigante.

Sou recepcionado e lá encontro dentro de uma sala de mixagem, com tudo o que tem direito, Cleo e Serginho.

Abraços, risadas e muita alegria.

Logo aparece Tostoi, com seu filho no colo, que também me cumprimenta e começamos a trocar um idéia.

Derrepente, vem uma voz reclamando da conversa pois não conseguia mixar direito com aquele barulho.

Era Dominique. Um cara muito legal, experiente e que conseguia mexer naquela mesa imensa, compatível com Pro Tools, como ninguém.

Acabei descobrindo que ali era uma cooperativa de estúdios que fundaram um estúdio enorme para gravações e mixagem.

Aparelhagem de primeira e profissionais também.

Muita idéia sobre música, experiências e vida.

No final da história, fico colado e de olho aberto no trabalho de dominique e tostoi na mixagem.

Logo mais tarde, eu teria que sair para ver um apartamento e me despedi de todos.

Foi muito bacana receber pessoas bacanas em lugar super bacana.

A luta agora é estar mais dentro desse universo aqui no rio. É minha meta.

Dias de Copacabana

De tarde, fui acertar os papéis com a locadora.

Uma mulher que mora em petrópolis, natureba e totalmente a favor de morar em copacabana.

Quando falei da profissão de Tai, ela se encantou e puxou um livro sobre pedras e ficou quase uma hora filosofando.

Paciente que sou, escutei tudo, fechei o que tinha que fechar e voltei ao trabalho para a noite ocupar o lugar.


Enfim chego.

Sensação de casa. Boa sensação.

Nunca valorizei tanto guardar minhas roupas no guarda-roupas, de de ter uma cozinha e uma cama confortável (cama graaandee).

Cheguei de noite e, depois de arrumar tudo, fui fazer o reconhecimento de terreno.

O prédio fica a uns 100 metros da orla e fui andar por ali mesmo.

Alguns passos em sentido pontal e já estava na frente do copacabana palace. Grandioso e com sua faixada imperial. Tão parecia tão diferente diferente do que via na tv. Alguns segundos e já me cansei daquilo.

Voltei por dentro e achei uns botecos. Parei para tomar uma cerveja e ria com a descontração dos Cariocas naquele momento. Povo feliz que me faz feliz também.

Mais feliz ainda quando Tai e o nosso bebê chegarem (ainda não sabemos o sexo).

Foram indas e vindas do trabalho para lá.

Sempre andando em caminhos diferentes e tudo muito caro. Mas não me importava, pois o diferente é bom e faz bem pra pele.

O lixo, as crianças dormindo na rua e as putas cantando por "umazinha" toda hora não me intimidavam e sim me fazia pensar em muita coisa. Desgraça urbana.

Copacabana serve como uma bela faixada, mas não dá coragem de tomar banho naquele trecho onde desemboca uma grande boca de esgoto direto para praia. O leme era ali do lado... só fui me ligar disso bem depois e não aproveitei este trecho como deveria.

Não acho que é copacabana princesinha do mar, e sim aberração urbana.

Parece que eu odeio, né? Não, apenas lamento uma parte tão postal ser apenas tão...postal.

A internet não pegava lá.. tava foda... falar com Tai só nos orelhões e seus panfletos de putas e travecos coladas na parte de dentro da cabine.

"Faço boquete e tomo seu leitinho por R$ 20,00". Existe forma mais corajosa de sobreviver? É fato.

Uma noite dessas, uma puta agarrada com um gringo, o empurrava para o hotel do lado do meu apartamento. Ela ria como se estive na sua noite de fartura. O gringo só falava Ok Ok.

Logo, iria receber a visita de meu parceiro de filmes, Marco Stroisch. Ele iria editar-finalizar o áudio do Blackouts (trilha sonora minha: http://www.youtube.com/watch?v=4UISE5Y7Chc) aqui e pediu um cantinho lá no meu apê!

Fiquei feliz pra cacildis e, uma semana antes, fui visitar alguém que está no top 10 special of my life. Minha amiga Paula.

Combinei uma visita noturna para conhecer o apartamento que ela divide com o seu namorado Mateus.

Mostrei secretamente o Blackouts para a Paula que estava super ansiosa para ver! Ainda bem que o Marco mostrou depois, se não iria me matar! hehehe

Casal inspirador. Abraços e afetos sem fim que me deixam com palpitações fortes de felicidade no coração. Ali começava um laço mais forte ainda com pessoas queridas.

Enfim Marco chega!

Abraços e felicidades a flor da pele. Entrego as chaves do apartamento para ele lá na empresa e passamos quase uma semana de muita alegria.

Quando passamos uma tarde com Paula, foi o dia do trio cair na gargalhada e se divertir sem parar.

- Paula! Para de pagar tudo, menina!

- Deixa! (risadas de porquinha!) Vocês são meus convidados no rio.

Cafés, nhoque da fortuna, doces, cigarros e cervejas!

No outro dia fomos ver o "Anti Cristo" de Lars Von Trier. Assustou, chocou e encantou.

Uma leitura magnífica da mente feminina obsessiva com uma edição peculiar.

Quando me lembro de algumas cenas, me doem as partes...

Em um outro dia, perto do final da estadia do Marco, o mesmo me fala que iria ficar as últimas noites em um hotel.

Fiquei brabo, mas respeitei e entendi o movimento. Por sorte, o hotel era praticamente do lado do apê.

Em uma noite, ainda com o Marco aqui, fomos eu, Paula, Mateus e o irmão deste passar uma noite na Lapa.

Divertida é apelido. Muitas risadas, andando para cima e para baixo. Cumprimentando dono de bar, conhecido de Mateus e Paula, que nos arregou uma cervejinha e um excelente atendimento. (Recomendo o Pub Irlandês na Lapa)

Cachaça, cerveja, risada. Cachaça, cerveja, risada.

Coisa boa, né?

Logo, o começo de um novo dia está próximo e estamos eu, Marco, Paula e Mateus quase que jogados em uma mesa quando decidimos que era hora de ir.

A ressaca no outro dia foi violenta, mas totalmente feliz.

Fomos eu e Marco visitar uma cobertura sensacional na Afonso Pena com um preço de aluguel tentador.

Para variar, chegando no lugar, tinha uma fila enorme para ver o apê.

Me encantei e corri de lá direto para procurar documentação...

Marco vai embora e fico sem meu amigo por perto. Os dias em copacabana estão se acabando e ainda não consegui arrumar um lugar para alugar...

Copacabana - Luxo e Lixo

Depois do primeiro fim de semana revigorante e hora de dizer tchau para o OK...

Não mais daria para ficar ali, pois sai caro para a empresa e assim fica decidido alugar um conjugado em Copacabana até o fim do mês.

- Copacabana?

- É! Vou te mandar as fotos

- Mas que coisa mais kirida! Vou lá olhar!

- Coisa mais kirida?

- Coisas da terrinha. :)

Marquei um dia da semana para ir lá visitar e encontrar a moradora.

Pego o metrô, desço na Cardeal ArcoVerde, ando alguns metros e já estou lá.

Até o caminho do apartamento já tinha visto umas 3 putas, cheiro estranho no ar e o calor básico.

Fiquei fascinado com o elevador. Coisas que só se vê no rio de janeiro. Elevador bem antigo. Entra em um porta e sai em outra de corrimão. Simplesmente fantástico.

7 andar. Toco a campanhia e abrem a porta

- que música que é essa?

- é a camapanhia...

- parece música de ninar

- (risos) eu odeio ela. Por favor, entre e fique a vontade.

- :)

- Nossa mas é bem arrumadinho aqui né?

- Tem tudo o que você quiser (traga fortemente o cigarro), só não tem máquina de lavar não é, cida?

Olho para o lado e vejo uma pequenina mulher sentada na cadeira vendo a novela e dando sinal positivo com a cabeça

- Mas tem uma lavanderia aqui perto (diz a pequena mulher)

Depois de ter contado minha história e a dona adorar o fato de eu ser músico, sai de lá contente e confortável.

- Aaa tem a internet de graça em toda orla de copacabana. Se duvidar ela pega aqui no apartamento também.

- Ótimo, posso já morar nessa semana?

- Claro, vou viajar e já deixo tudo pronto para você.

Agradeço e vou embora feliz e pensando

- Puxa, copacabana, hein? Tô chique...

pobre pensamento de principiante carioca...